Como Maria Padilha Morreu

Como Maria Padilha e Maria Padilha das Almas Morreram?

Maria Padilha é bonita, é mulher e sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta como, talvez, a mais popular pomba gira, considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

Maria Padilha e toda sua quadrilha construíram uma trajetória de aventuras e feitiçaria de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil, sendo também considerada o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé.

Maria Padilha morreu alguns meses após a morte de Branca de Bourbon, em Medina Sidonia, durante a pandemia da peste bubônica de 1361 e seus restos mortais foram sepultados em Astudillo, onde ela havia fundado um convento.

Com sua morte, Maria Padilha passou a fazer muito na vida das pessoas, sendo uma das principais entidades da umbanda e do candomblé, repleta de amor e oferecendo ajuda para concretizar relacionamentos para pessoas que sofrem de paixões não recíprocas.

Além disso, Maria Padilha manifesta significados como altivez, sedução, sensualidade, vaidade, luxo e liberdade de expressão e é celebrada no Dia da Pomba-Gira Soberana Maria Padilha, de acordo com o Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 9 de março.

Maria Padilha gosta de martini branco e de perfume com cheiro adocicado e leve, como as rosas. Foi apenas um nome nas fórmulas mágicas das feiticeiras da Europa, mas, no Brasil, com o passar do tempo, foi-se criando o ambiente certo para que ela se mostrasse em toda a sua glória.

Maria Padilha possui fama de feiticeira. Muitas fontes afirmam que ela teria se utilizado de fortes feitiços para conquistar o coração de D. Pedro I e que, junto de uma árvore, teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.

Maria Padilha de Castela é o mito fundante da primeira pomba gira Maria Padilha e, depois, de todas as outras pombas giras que se seguiram.

E ela não morreu queimada, como muitos acreditam ou perguntam, por ela ter tido fama de feiticeira. Maria Padilha, nascida na Espanha Medieval, teve o amor do rei Dom Pedro I de Castela, o qual foi chamado de “O CRUEL”, pelo povo espanhol, e morreu antes do Rei de Castela, o qual fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, a causa de sua morte foi por peste negra e foi sepultada nos jardins de seu castelo.

Maria Padilha, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas, ainda permanece na Terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos.

Dom Pedro I de Castela morreu nas terras de Montiel, assassinado por um irmão bastardo, Dom Henrique, que o sucedeu no trono.

Maria Padilha morreu, mas ela pode te ajudar, basta fazer seus pedidos à ela. Maria Padilha unirá forças ocultas para lhe ajudar com os poderes da magia, pois Maria Padilha existe como entidade em diversos nomes e linhas, sendo uma figura muito importante dentro da umbanda brasileira.

Maria Padilha é pomba gira não só para quem tem mediunidade de incorporação e seu nome tem vários significados como, por exemplo, senhora ou mulher que tem autoridade sobre certas pessoas ou coisas, dona / dona da casa e possuidora, sendo um título de cortesia dado a mulheres, nações ou qualquer entidade que influi sobre outra ou a domina.

E ainda tem ligação com a Virgem Maria, por ser soberana, pura e vidente. Maria Padilha é a feiticeira das pombas giras e a pomba gira mais procurada dos terreiros e seu nome foi eternizado em brasão posteriormente a sua morte.

Maria Padilha não era uma mulher qualquer e realmente viveu um caso de amor com D. Pedro I, que foi perseguido por opositores em seu Reinado por conta disso.

Maria Padilha e o Rei assumiram seu casamento até então clandestino mesmo não tendo durado muito tempo e, Maria Padilha, apegada à matéria e ao seu grande amor, tornou-se chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens.

Agora, Maria Padilha comanda os feitiços e consola aqueles que perderam um grande amor. Permanece com o título de Rainha na Espanha, mas de Pomba Gira no Brasil e tornou-se a protagonista de uma das mais de 150 óperas ambientadas em Sevilha.

Maria Padilha se tornou uma figura muito popular entre o público em geral por ter protagonizado uma história de amor desaprovada em sua época, e por essa mesma história ter sido alimentada, tornando-a protagonista durante os séculos posteriores à sua morte de romances, peças de teatro, lendas e óperas.

Maria Padilha, no Brasil, está mais presente na Umbanda e na Quimbanda, passando assim de esposa-amante do rei a “padroeira” das feiticeiras, um espírito poderoso, mau e infernal, suscitando paixão e devoção, uma rainha castelhana que com o tempo se transformou na mais venerada “deusa” do amor no Brasil.

Maria Padilha usa saias, vestidos, lenços, turbantes e rosas, com preferência por detalhes em vermelho e preto no vestuário.

Veja:  Maria Padilha Para Trazer o Amor de Volta

Como Maria Padilha das Almas Morreu?

Maria Padilha das Almas trabalha com os Exus da Linha das Almas, e é uma das grandes associadas do Exu Tranca Ruas das Almas.

Maria Padilha das Almas não deixa que inimigo nenhum fique no caminho. Abaixo, está a história de como ela morreu:

Ela já estava velha. Tão velha que havia esquecido do seu verdadeiro nome. O nome real dela não era Padilha.

Não, o nome dela de verdade era um nome comum, de menina pobre do interior do Brasil. Quando ela ainda infanta, chegou no Cabaré de Quitéria e foi exigido que ela escolhesse um novo nome.

Todas as prostitutas dali tinham nomes de guerra, codinomes franceses. Tinha Désirée, Nicole, Franciele, Emmanuelle, Lorraine, Marie…

O que não faltava eram prostitutas com nomes francês, puro cliché… Foi então que ela ouviu na rua dois fidalgos a prosear.

Eles comentavam sobre uma mulher ilustre do passado. Falavam dela com absoluto fascínio. O alvo dos comentários era a amante do Rei Afonso de Castela, uma mulher de beleza e personalidade tão intensa que marcou a história da Espanha.

Este mulher se chamava “Maria Padilla de Abajo”, da família mais nobre de Sevilha. Foi dessa figura histórica que Maria Padilha copiou o nome.

Quitéria ficou muito satisfeita com este nome de categoria. Seria um enorme sucesso, e realmente foi. Maria Padilha não foi prostituta por muito tempo, em menos de uma década, ela assumiu como gerente do Cabaré e, consequentemente, com a morte de Quitéria, ela se tornou a dona.

Mais de trinta anos depois, o Cabaré era um sucesso contínuo. Mas, após trinta anos, ela estava cansada. Já havía passado dos cinquenta, mas por causa da sua intensa bruxaria, ela conservava a aparência de moça.

Há quem diga que seu feitiço consistia em roubar a juventude das prostitutas novas da casa e, de fato, todas as desafetas sempre envelheciam muito rápido.

A feitiçaria dava a ela uma beleza não natural. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento. Não era culpa dela, a vida que levou na noite causou feridas irreparáveis em sua alma.

Após ter vivido mútuos romances, e após ter tido aquele tórrido enlace com Tranca Ruas, que foi interrompido com a morte precoce dele, ela havia se fechado para o amor.

Mas agora, já como sendo uma mulher madura, ela sentiu novamente uma real necessidade de ser amada, de ter amor novamente.

Mas meteu os pés os pelas mãos. Ela gostava dos rapazes, dos jovens e alegres, eles tinham o frescor que ela há muito havia perdido.

Nenhum deles imaginava quem ela era de verdade. Uma bruxa, cafetina, assassina… Maria Padilha era letal.

Logo ela arranjou diversos amantes, mais precisamente sete. Cada um era mais belo que o outro. Um deles não queria somente ser amante, esse jovem em questão se chamava Paulo e era o único dos sete que sabia quem ela era e de todo dinheiro que ela tinha, por isso ele, muitas vezes, propôs casamento.

Mas ela sempre disse não. Para quê um marido se ela podia ter vários namorados? Ela não queria nada além de amor e diversão.

Paulo, a princípio, teve por ela interesse financeiro, mas com as constantes recusas aos seus pedidos de compromisso, ele ficou obcecado.

Padilha, vendo que o rapaz estava descontrolado, rompeu o caso e se separou. Ele caiu na bebida, se entregou, virou um vagabundo.

A família, então, o enviou para um monastério na Itália para que ele parasse de sujar o nome deles com o comportamento imoral que tinha.

Ele estava como louco, até mesmo violento, mas os padres souberam acalma-lo. Padilha continuou no Brasil, ganhando a vida com o cabaré.

Paulo ficou no monastério por quinze anos e, nesse tempo, foi ordenado padre também. Após esses anos, ele voltou para o Brasil afim de substituir o velho cônego de sua cidade natal.

E assim o fez. Maria Padilha ainda tinha cara e corpo de moça graças as incessantes bruxarias, mas seu andar já era vagaroso e sua voz mais rouca, pois ela já havia passado dos sessenta anos.

Certo dia, uma prostituta da casa ficou grávida e, ao parir, perdeu muito sangue. Padilha ordenou que buscassem o padre para dar a extrema unção.

Paulo foi até o cabaré. Era a sina de um padre ir sempre onde o chamavam. Ele rezava pela alma da moça, mas também por si mesmo para não cair em tentação.

Padilha não o reconheceu, e também não estranhou o nervosismo com que o padre se portava. Após o fim do rito, Paulo pediu para falar com Padilha em particular, e ela já o aguardava em seu quarto com uma quantia em ouro, pois era comum molhar as mãos dos sacerdotes para se ter bom relacionamento na cidade.

Paulo, ao ficar a sós com ela, viu que ainda era a mulher mais bela de todas. Não resistiu e a beijou. Ela, muito surpresa, perguntou o que significava aquilo, e ele contou quem era.

Ela se lembrou dele e, vendo que agora mais velho ele estava ainda mais belo, ela gostou daquela situação tão exótica e se tornou então amante do padre.

E que padre… Ele era loiro dos olhos azuis como duas lagoas de água cristalina, tinha os lábios mais belos e o sorriso mais largo que ela já havia visto.

Ele ia, sempre que podia, escondido ao cabaré e, juntos, viviam noites de paixão. Mas algo aconteceu. Padilha ainda tinha outros amantes.

Um destes amantes foi se confessar e, para o Padre Paulo, ele contou que era enamorado dela. Paulo voltou a seu estado de loucura.

Esse rapaz foi achado morto em um matagal, fora assassinado a facadas. Dias depois, outro amante de Padilha foi se confessar na igreja e, logo em seguida, também apareceu morto.

Paulo estava matando todos os seus concorrentes. Quando o quinto homem morreu, Padilha decidiu investigar, já que só morriam aqueles que eram próximos a ela.

Mandou um de seus capangas fingir que era seu amante por uma semana. Foi algo armado, a própria Padilha gritou aos quatro ventos que estava apaixonada por ele, tudo para chamar a atenção do assassino.

Esse capanga a alertou que que estava sendo constantemente seguido por um homem que usava uma capa preta que cobria todo o corpo e ocultava a face.

Padilha, então, pensou em uma emboscada. Mandou seu capanga ir pescar em um rio na mata isolada. O homem parecia estar sozinho, mas Padilha e seus demais jagunços estavam escondidos à espreita.

Foi então que ela viu um vulto se aproximar, vinha ligeiro o vulto negro, era sim o homem da capa preta. Assim que ele se aproximou do jagunço que pescava, Padilha viu o brilho metálico da lâmina de uma faca reluzir na única mão que o assassino deixara a vista.

Ele iria matar o jagunço pelas costas. Quando ele se aproximou mais, ela se levantou, saiu de trás da moita que estava e, com a garrucha nas mãos, ela atirou.

O tiro pegou no rosto do homem. Ele correu. Ao ver os vários jagunços de Padilha vindo, ele fugiu. Como as armas da época só atiravam uma única vez e precisavam ser recarregadas manualmente, ele teve tempo de escapar.

Padilha procurou por toda a região, mas não encontrou nem sinal do matador, porém ela sabia que havia acertado um balaço de chumbo no rosto dele, mesmo que só tivesse pego de raspão.

Ele estaria com a cara marcada para sempre. Foi então que ela resolveu ir a igreja. Ela iria pedir a ajuda de Paulo para que ele, ao saber de notícias ou de pistas de quem era o homem, avisasse ela e seus capangas.

Quando Padilha entrou na parte dos fundos da igreja, ela viu Paulo de costas, ao dizer o nome dele, ele correu.

Padilha pensou que o matador poderia estar ali dentro da igreja, por isso Paulo havia corrido, e pensando em protege-lo, foi atrás.

Seguiu o Padre Paulo pelos corredores e escadarias até que subiu na torre do sino, a torre mais alta da igreja.

Ela viu Paulo encostado em um dos parapeitos de costas e foi até ele, pôs a mão no ombro e o puxou para que ficassem frente a frente.

Padilha, quando viu rosto de Paulo, deu um passo para trás. Ela não acreditava no que via. A face dele estava marcada com um longo risco, um corte feito por um tiro de raspão.

Ela soube ali que era ele o assassino. Paulo era o Capa Preta. Ele tentou explicar, mas quanto mais falava, mais Padilha o enojava.

Ele havia matado bem mais que cinco. Já passavam dos quinze os homens que ele havia esfaqueado pelas costas.

Alguns, Padilha nem sequer conhecia, mas só deles dirigirem o olhar para ela quando passava na rua, Paulo já via motivo para matar.

Ele disse que largaria a batina se eles dois se casassem, mas ela recusou, sacou o seu punhal e foi para cima.

Ela iria matar ele ali mesmo, antes que ele fugisse. Paulo era um homem alto e muito forte. Ele desviou de todos os ataques, mas na ultima investida, ela se jogou contra ele.

O parapeito da velha torre quebrou e os dois caíram, despencaram mais de vinte metros. Morreram. Quando as pessoas da cidade vieram ver, elas reconheceram o corpo do padre, mas todos se perguntavam quem era aquela velha ao lado dele.

A magia de Padilha, na hora da morte, perdeu o efeito, e o seu corpo morto mostrou a idade que tinha de fato.

Era uma velha com quase setenta anos. As meninas do cabaré a reconheceram pelo vestido e pelo punhal.

Elas sabiam que, na hora da morte, toda feitiçaria se acaba. As prostitutas eram proibidas de serem enterradas no cemitério, pois ali era solo cristão.

Mas como ninguém da cidade reconhecia o corpo, Padilha foi enterrada lá dentro, bem em frente a capela das almas.

Ela é agora a Pombagira Maria Padilha das Almas. Maria Padilha Feiticeira… Feiticeira… Tantos homens a queriam…

E foi por causa de um deles que ela perdeu a vida. Saravá!

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Livros de Maria Padilha:

Élida Alexandre

Cartomante, taróloga, terapeuta holística e empreendedora de livros de auto ajuda espiritual, religião e esoterismo.

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