Os Nomes de Maria Padilha

Os Nomes de Maria Padilha

Maria Padilha, também conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada e senhora da magia, é uma falange ou agrupamento de pombas giras, também chamadas de inzilas, pertencente ao sincretismo das religiões afro-brasileiros umbanda e quimbanda.

Entre as diversas sub-falanges estão:

  • Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
  • Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
  • Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
  • Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
  • Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
  • Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
  • Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum

O nome de Maria Padilha causa muita repercussão e até alguns episódios de intolerância religiosa. Maria Padilha, no candomblé jeje (fon) é chamada de Legba ou Elegbara, no batuque é mais conhecida pelo nome de Bará.

Mas, independentemente disso, a poderosa Maria Padilha se tornou um dos nomes mais chamados nas rezas e feitiçarias brasileiras.

Encarnada no planeta Terra como Maria de Padilla, no plano espiritual é chamada também de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, Maria Padilha do Cabaré, Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha das Almas e Maria Padilha Cigana.

Apegada à matéria e ao seu grande amor, Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens.

Maria Padilha das Almas, um dos nomes mais conhecidos de Maria Padilha, é uma das mais importantes e populares pombas giras da história.

Maria Padilha das Almas trabalha com os Exus da Linha das Almas, e é uma das grandes associadas do Exu Tranca Ruas das Almas.

Maria Padilha das Almas tem predileção igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer), guardião das almas, pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado.

Recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas — isto só caberá a Maria Padilha das Almas decidir.

Quem carrega Maria Padilha, sabe que inimigo nenhum fica no caminho. Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

A visão que se tem de Maria Padilha é na forma de uma linda mulher de estatura mediano-alta, magra, de cabelos e olhos negros, cabelos longos e lisos, com roupas muito curtas e sensuais.

Maria Padilha manifesta significados como altivez, sedução, sensualidade, vaidade, luxo e liberdade de expressão.

Maria Padilha gosta de perfume com cheiro adocicado e leve, como as rosas, e gosta de beber. Sua bebida preferida é o martine branco.

Maria Padilha gosta e usa dourado, vermelho, preto e branco. Maria Padilha, antigamente, era invocada para encontrar pessoas e recuperar bens perdidos, descobrir tesouros e denunciar ladrões, realizar curas e conquistar amantes, destruir inimigos e fazer casamentos.

Atualmente, é mais procurada para trazer amor de volta, conceder proteção, desmanchar demandas, fazer amarração e ajudar com negócios e dinheiro.

Conhecida por muitos nomes, ou avatares, Maria Padilha é frequentemente associada ao número sete, encruzilhada, cemitérios, incorporação de espíritos e bruxaria.

Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé e, em vida, sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.

A história de Maria Padilha, de acordo com pesquisas históricas, conta que ela teria nascido em 1334, na Espanha, com o nome de Maria de Padilla.

As orações e trabalhos feitos à Maria Padilha são sempre fortes, pois ela responde a todos que chamam por seu nome, sendo possível colocar o nome da pessoa que deseja conquistar.

Por isso, Maria Padilha é a pomba gira mais procurada nos terreiros e uma importante figura das religiões de origem africana, sendo representada pela imagem de uma feiticeira.

Assim, Maria Padilha sempre desperta a curiosidade das pessoas em saber quem foi ela, qual sua história e quais são suas características.

Maria Padilha, a pomba gira capaz de trazer um amor de volta, é cultuada em religiões de origem africana, como a Umbanda, onde escolhe seu parceiro para realizar determinados trabalhos juntos, e é procurada para realizar feitiços, dar orientação e conselhos sobre amor.

Maria Padilha é conhecida por adorar presentes bonitos e sedutores, como rosas vermelhas e joias, afinal, ela é o símbolo da sedução, do feitiço e do amor.

Maria Padilha age nas causas relacionadas ao amor, relacionamento e sexo, por isso os pedidos estão dentro dessas circunstâncias, o que inclui amarração amorosa, afastamento de rival, entre outros.

Veja:  Maria Padilha foi uma Bruxa? Maria Padilha é Bruxa?

No entanto, Maria Padilha não ajuda aqueles que a recorrem com segundas intenções ou com maldade. Pelo contrário, Maria Padilha ajuda apenas aqueles que procuram por amor com a melhor das intenções.

Então, para que sua oração ou trabalho à Maria Padilha dê certo, concentre-se primeiramente na intenção.

Avalie se seu pedido é realmente digno das bênçãos de Maria Padilha e recorra à sua intercessão. Maria Padilha é bonita, é mulher e sempre estamos lembrando de sua história por ser considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

Maria Padilha, a amante do Rei de Castela, viajou de de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil, mas, de fato, não se sabe se Maria Padilha é o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé, e pouco importa saber.

Hierarquia da Falange de Maria Padilha

Abaixo, estão os nomes conhecidos e catalogados de Maria Padilha de forma hierárquica, ou seja, organizada por ordem de prioridade, subordinação, poder e responsabilidades.

Isso quer dizer que, a Maria Padilha de cima tem prioridades, poderes e responsabilidades maiores que a debaixo e a Maria Padilha debaixo deve subordinação à Maria Padilha de cima.

  1. Maria Padilha
  2. Maria Padilha das Almas
  3. Maria Padilha do Cruzeiro
  4. Maria Padilha da Encruzilhada
  5. Maria Padilha das Sete Encruzilhadas
  6. Maria Padilha do Cabaré
  7. Maria Padilha da Estrada
  8. Rainha Maria Padilha
  9. Maria Padilha do Cruzeiro das Almas
  10. Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas
  11. Maria Padilha Rainha do Cruzeiro
  12. Maria Padilha do Cemitério
  13. Maria Padilha da Calunga
  14. Maria Padilha da Praia
  15. Maria Padilha das Portas do Cabaré
  16. Maria Padilha das Sete Catacumbas
  17. Maria Padilha das Rosas
  18. Maria Padilha dos Sete Cruzeiros
  19. Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga

Observação: MARIA PADILHA DA ENCRUZILHADA identifica a falange e a atuação, mas ainda assim é genérico e simbólico, pois existem centenas de MARIAS PADILHAS DA ENCRUZILHADA.

Falange de Maria Padilha – Nomes Reconhecidos de Maria Padilha

Os nomes de Maria Padilha são sempre simbólicos, normalmente compostos pelo nome da falange à qual pertence o espírito e a função ou tipo de atividade que a entidade exerce nessa falange.

Por exemplo, Maria Padilha da Encruzilhada = Maria Padilha é a falange e da Encruzilhada é onde ela atua, o que identifica nome, falange e função de atuação.

Por exemplo, um espírito que desencarnou sobre o nome Lígia Helena da Silva e que optou em trabalhar na erraticidade (nome que se dá à condição de um espírito não encarnado e que ainda se encontra no processo de evolução, não isento de voltar à encarnar) não pode se apresentar como LÍGIA HELENA DA SILVA DA FALANGE MARIA PADILHA DA FUNÇÃO ENCRUZILHADA, terá que usar apenas MARIA PADILHA DA ENCRUZILHADA.

Num segundo exemplo, podemos supor que um espírito, que hoje trabalha em prol da espiritualidade e da caridade, em tempos passados, fosse encarnada com o nome de Alice da Silva e que, por méritos próprios, teve a benção de se tornar uma pomba gira batizada, ela não viria como como “Alice da Silva Maria Padilha da Encruzilhada”, ou seja, Alice da Silva (nome) Maria Padilha (falange) da Encruzilhada (função de atuação), nesse caso, usaria apenas Maria Padilha da Encruzilhada, primeiro pela demonstração da falange que vai representar, e segundo pela própria homenagem à Maria Padilha, chefe da falange.

Aliás, existe um enorme preparo dos espíritos que ingressam em diversas falanges de Umbanda, com aprendizados e preparos, que muitas vezes, são vividos aqui, como encarnados e refinados e intensificados na erraticidade.

Então, não se estressem com essa questão do mesmo nome em mais de uma entidade, com a demora da entidade em dar sua identificação (se você incomodar demais, a entidade pode lhe dar um nome qualquer, sem identidade vibratória, só para lhe “sossegar”).

Abaixo, você pode ver uma lista com nomes reconhecidos de Maria Padilha:

  • Maria Padilha da Encruzilhada
  • Maria Padilha das Sete Encruzilhadas
  • Maria Padilha das Almas
  • Maria Padilha do Cruzeiro
  • Maria Padilha do Cruzeiro das Almas
  • Maria Padilha da Estrada
  • Maria Padilha da Calunga
  • Maria Padilha das Sete Navalhas
  • Maria Padilha Sete Facas
  • Maria Padilha da Calunga Pequena
  • Maria Padilha da Calunga Grande
  • Maria Padilha do Cemitério
  • Maria Padilha da Praia
  • Maria Padilha da Figueira
  • Maria Padilha do Inferno
  • Maria Padilha do Forno
  • Maria Padilha das Sete Figueiras
  • Maria Padilha das Sete Cruzes da Calunga
  • Maria Padilha do Cabaré
  • Maria Padilha das Rosas
  • Maria Padilha das Portas do Cabaré
  • Maria Padilha Rainha do Cabaré
  • Maria Padilha Rainha do Cruzeiro
  • Maria Padilha da Lira
  • Maria Padilha Rainha da Calunga
  • Maria Padilha Rainha da Encruzilhada
  • Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas

Observação: Alguns nomes de Maria Padilha são mais reconhecidos que outros, no entanto todos são apenas simbólicos e, uma Maria Padilha ser mais reconhecida que outra não quer dizer que uma seja melhor que a outra.

Pombas giras sob o comando de Maria Padilha trabalham em todas as áreas dos encarnados: saúde, amor, trabalho e abertura de caminhos.

Veja:  Maria Padilha e Tranca Rua: Quem são, Festa, História, Ponto Cantado, Características, Funções e Incorporação

Gostam de champanhe, cigarros ou cigarrilhas, rosas vermelhas, tecidos finos e joias, além de velas. Suas cores são o vermelho e o preto.

Maria Padilha também é reconhecida como Rainha do Candomblé por ser a pomba gira com a qual mais nos deparamos em terreiros, onde bebe muito, festeja muito e não tem medo de se apresentar.

E, como podemos ver, as Marias Padilhas são muitas, cada qual com nome, aparência, preferências, símbolos, mito e cantigas particulares.

As Marias Padilhas são as pombas giras que mais dão consultas e estão em quase todos os terreiros que, claro, rendem muitas homenagens à elas.

Observação: Quando um médium de Maria Padilha desenvolve para dar consultas, é obrigatório que sua Maria Padilha dê seu nome e risque o seu ponto, mostrando todos os detalhes, como irradiação, linha, atuação e tempo de divindade.

Elas ajudam todos que as procuram e não tem medo de feitiço, porém os seus cultos fazem parte do lado mais escondido das religiões afro brasileiras, conhecido, sobretudo, pelo nome de quimbanda, pois as motivações básicas para cultuá-las pertencem a dimensões do indivíduo muito encobertas pelos padrões de moralidade da sociedade ocidental-cristã.

Maria Padilha deixou de ser apenas um nome nas fórmulas mágicas das feiticeiras da Europa, veio com as bruxas e os adivinhos condenados ao degredo pela Inquisição e logo se tornou um dos nomes mais chamados nas rezas e feitiçarias brasileiras.

Como Surgiu o Nome Maria Padilha?

Após o falecimento de Maria de Padilla, ela foi recrutada pelos três poderes do Umbral e, após um longo tempo, ela foi convidada para fundar o Reino de Quimbanda, chamado de Reino da Vaidade, adotando o nome de Maria Padilha, dado pela Condessa de Padilla e popularizado em todo mundo como entidade do Amor Verdadeiro.

O Reino da Vaidade não é reinado por Maria Padilha, mais sim pelo Rei e Rainha da Vaidade, entidades que não se manifestam.

Maria Padilha fica com a chefia máxima, dando origem a todas as falanges de pombas giras que se apresentaram na Quimbanda e Umbanda que conhecemos hoje e, principalmente, chefiando sua própria falange, que é bem grande.

Cada reino traz uma Maria Padilha com um arquétipo diferente, além de uma missão e um exu que a acompanha, não se tratando do mesmo espírito, mas sim de espíritos de mulheres que sofreram igualmente ou semelhantemente à Maria de Padilla, a primeira Maria Padilha, que não incorpora em terreiros, apenas chefia a sua falange.

Os demais espíritos que incorporam o nome e a roupagem de Maria Padilha é para esconder sua real essência e não haver a glorificação do espírito individual e manter um campo de atuação, onde se cria uma egrégora ou ponto de força para melhor atuar e cumprir suas missões.

É certo que cada entidade tem sua particularidade, mas a individualidade de cada entidade nunca superará o arquétipo da entidade primordial e nem da roupagem, segundo seus reinos.

Somente assim o nome da entidade ganha cada vez mais poder e popularidade, o que facilita a sua atuação e aceitação no meio espiritual e social.

Maria Padilha é a Rainha da Linha Vermelha, a joia da coroa da Quimbanda e, com certeza, a pomba gira mais famosa do mundo, merecendo reverência e um tratamento respeitoso.

Maria Padilha é uma pomba gira de verdade e, quem tenta sujar seu nome, sente na pele o peso dessa realidade e acaba precisando dela um dia.

No entanto, basta chamar por qualquer uma delas, que ela estará lá para lhe ajudar.

Livro Recomendado:

Banhos, Defumações, Encantamentos, Feitiços, Magias, Oferendas, Rituais e Simpatias de Maria Padilha
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Livros de Maria Padilha:

Élida Alexandre

Cartomante, taróloga, terapeuta holística e empreendedora de livros de auto ajuda espiritual, religião e esoterismo.

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